5° Período de Psicologia da FAMA
sábado, 20 de abril de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Resenha filme Passageiros
trabalho apresentado na disciplina de Estágio Básico III, ministrado pela professora Roseliane Marçal Pinto, na Faculdade Da Amazônia, na obtenção de notas e aprimorar o conhecimento.
Ismariane Lauret
Resenha filme Passageiros
Logo após um trágico
acidente aéreo, a jovem psicóloga Claire é escolhida por seu chefe para acompanhar os sobreviventes do acidente. Enquanto ouve os relatos de todos e coleta
informações do que pode ter acontecido Claire conhece Eric, o mais incompreensível
de todos, e se sente atraída por ele. Mas Claire é uma psicóloga e não pode ter qualquer
envolvimento com ele a não ser profissional. No grupo Eric, e vice-presidente
de uma companhia corretora de seguros e que, entre eles, é o mais eufórico e
que parece estar disposto a levar ao pé da letra a ideia de viver intensamente
a vida depois de ter nascido de novo.
O comportamento
de Eric chama a atenção de Claire que decide se aprofundar nas análises com o
paciente a fim de comprovar algumas de suas desconfianças. É quando a psicóloga
cruza a linha e se envolve com ele. Insegura e com problemas familiares, Claire
vê no renascimento de Eric uma oportunidade de, aos poucos, deixar o seu jeito
metódico de lado e ser um pouco mais ousada, se permitindo pequenos prazeres,
que fazem com que ela passe a ver seu relacionamento familiar de outro ponto de
vista. Em meio a tudo isso, outros importantes fatores, como a insistência da
companhia aérea em dizer que o acidente foi causado por falha humana, enquanto
alguns dos sobreviventes alegam ter ouvido uma explosão, desconfiada Claire busca até descobrir realmente o que aconteceu. Quando vê seu nome na lista dos passageiros, se desespera, e procura Eric, e Eric ajuda ela a descobrir que todos que estavam naquele voo estavam mortos.
É um
filme sobre espiritismo pra se pensar que estamos aqui de passagem e que a única
coisa que levamos são os sentimentos sejam eles nobres ou não. A Claire levou o
amor da irmã e a amizade de Eric que com certeza se tivessem sobrevivido se
tornaria uma linda historia de amor, e o piloto, a culpa, ele não se perdoava
por te deixado à cabine de comando quando o avião pegou fogo e provou o
acidente.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
A credibilidade do testemunho da criança vítima de abuso sexual no contexto judiciário
trabalho apresentado para professora Roseliane Marçal Pinto, na disciplina de estagio básico III, na Faculdade da Amazônia.
Ismariane lauret
Juliana Moura
Ismariane lauret
Juliana Moura
A credibilidade do
testemunho da criança vítima de abuso sexual no contexto judiciário
O
enfoque principal da pesquisa contempla a trajetória percorrida entre a
suspeita e a validação do abuso sexual infantil, partindo do discurso da
criança e do discurso daqueles que a interrogam. A ausência de esclarecimentos
e de produções cientificas favoreceu o desenvolvimento de uma representação
social do abuso sexual infantil elaborada com base no conhecimento de censo
comum e que se incorporou aos pensamentos preexistentes sobre a sexualidade. A
exigência social e jurídica de posicionamento efetivo sobre a violência sexual
contra criança transformou as representações sociais relacionadas a essa temática.
Assim
ao atingir o âmbito da justiça as representações sociais da infância, da
sexualidade e da violência, individualmente construídas individualmente
construídas pelos operadores do direito serão também incorporadas ao grupo em
sua atuação profissional. Na dependência de tais apresentações esta o trabalho
dos profissionais que acolhem e encaminham a notificação do crime, buscando a
verdade dos fatos e validando ou não o testemunho da vitima.
O
Estatuto da Criança e do Adolescente no art. 2º parágrafo único, considera
“(...) criança, para efeito desta lei a pessoa de até doze anos de idade incompletos,
e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade”. Baseado no principio
da doutrina da proteção integral da Organização da Nações Unidas (ONU) , tal
estatuto oportuniza a criança um tratamento jurídico diferenciado e protetivo,
garantindo-lhe direitos contra a exposição e o constrangimento.
A
historia contida em cada processo
judicial não é apenas a do individuo que busca ou é forçado a buscar o serviço
da justiça, mas também dos profissionais que nela atuam, como os conselhos
tutelares, os delegados de policia, os Promotores de Justiça, os Juízes de
direito, os médicos, os psicólogos e os assistentes sociais.
Ainda
que a ênfase do trabalho esteja voltada para a criança e não para o
adolescente, constatou-se que alguns processos chegaram à seção de psicologia
para a elaboração da avaliação psicológica quando a ocorrência do crime já
ultrapassara dois anos, de modo que a vítima que era criança na época do
atentado, na data da entrevista, estava na adolescência.
Nos
casos de abuso sexual infantil, é
chamado a atuar no contexto judiciário devido às dificuldades que o tema
sugere, uma vez que o testemunho da criança é percebido como frágil é passível
de sofrer sugestões ou induções dos adultos envolvidos.
Os
danos psicológicos produzidos na vitima podem ser atribuídos tanto ás circunstancia
em que aconteceu o atentado quanto ao contexto de intervenção ou por
profissionais que foi submetido após a revelação (Almeida, 2013; Gabel, 1992;
Machado, 2003; Volnovich, 2005). Tal
fato pode ser constatado nas avaliações psicológicas pela analise do discurso e
das relações da vitima, durante as entrevistas psicológicas, não se descuidando
de averiguar as circunstâncias em que ocorreu a denuncia.
A
crença de que a experiência do abuso sexual causa danos psicológicos à criança
interfere igualmente na intervenção jurídica, visto que se espera da vítima um
conjunto de características padronizado pela literatura especializada, baseada
nos padrões norte-americanos de conduta e, quando isso não é constatado, a
tendência é desacredita-la.
Observou-se
que as avaliações psicológicas somente foram validadas como prova técnica nos
processos judiciais, quando constataram danos psicológicos ou reações
potencializadas nas vitimas,ou mesmo quando ratificaram os depoimentos
documentados nos autos processuais.
Os
processos judiciais deixam claro que no âmbito judiciário, alem de toda a
complexidade do testemunho da criança vitima de abuso sexual, há a necessidade da
responsabilização penal do acusado. Assim, são evidentes as falhas nas práticas
judiciárias relativas ao do acolhimento
do testemunho da criança, que urgem por mudanças beneficiarias tanto para a
vitima como para os profissionais sem ferir a aplicabilidade da lei.
Dentro
desse contexto, percebe-se que, na sala de audiências, é comum as crianças se
mostrarem retraídas, pouco receptivas e com discurso lacônico, bem como nas
Delegacias de Policia se revelaram assustadas e pouco elucidativas diante da
intensidade dos interrogatórios e da presença de varias pessoas. A participação
do psicólogo nesses procedimentos é fundamental para a oferta de uma escuta
especializada e protetiva porque, conforme Volnovich (2005), mesmo com a
criança provida de direito à participação nos assuntos relativos à sua vida, há
uma tendência dos adultos em desconsiderar tal fato, o que dificulta ainda mais
a maneira como se preparam para ouvi-la. Aceitar que criança possui percepção e opinião sobre as
pessoas e os acontecimentos de sua vida é o primeiro passo para compreende-la e
oferecer-lhe uma escuta adequada.
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